OS NOVOS DESAFIOS DOS GESTORES
EDUCACIONAIS BRASILEIROS DO ENSINO SUPERIOR DENTRO DA ÓTICA DA QUALIDADE TOTAL
Prof°. Marco Antonio Vedovelli
Bottene
Prof°. Fernando Infestas
Mesina
UNIVERSIDAD DEL MAR - CHILE
Sistemas de Asseguramento da Qualidade
RESUMO
O presente artigo tem por objeto demonstrar os novos
desafios e tarefas que os gestores educacionais brasileiros do ensino superior em
serviço têm na proposta elaborada, em sua gênese, por Willian Edwards Deming,
de acordo com a metodologia da Qualidade Total adaptada para a Educação. As
variações conceituadas da Qualidade Total originam-se de fontes pesquisadas em
Universidades e estão associadas com outros fatores predominantes no sistema
neoliberal tais como: a abertura da economia e a participação, cada vez mais
presente, do setor privado na educação brasileira.
Palavras-Chave: Qualidade. Educação. Economia.
ABSTRACT
This article intends to demonstrate the new challenges and tasks that managers Brazilian educational in service in higher
education have prepared the proposal, in its genesis, by William Edwards
Deming, according to the methodology
adapted for Total Quality Education. Variations prestigious
Total Quality originate from sources researched in universities
and are associated with other factors prevailing in
the neoliberal system such as:
openness and participation in the economy, more and more present,
the private sector in Brazilian education.
Key-Words: Quality. Education. Economics.
1 INTRODUÇÃO
As atuais
mudanças dos paradigmas educacionais no Brasil no Ensino Superior, acarretam
necessariamente profundas transformações nas funções dos gestores educacionais,
introduzindo novas características, funções e estruturas em seu papel
administrativo. O gestor, outrora fonte inquestionável de conhecimento, terá
que desempenhar outras funções no sentido de orientar e estimular todos os steakholders (diretores, professores,
funcionários e alunos) no sentido de fomentar o negócio, proporcionando
condições de competitividade através da inovação tecnológica juntamente com novas
pesquisas para proporcionar a transformação da informação em conhecimento.
Dentro
deste contexto o presente artigo aborda os novos desafios que os gestores
educacionais do Ensino Superior terão que enfrentar frente a desconfiança e
resistência à introdução de inovações tecnológicas em suas práticas. Em geral,
os gestores reagem negativamente à mudança, especialmente à diminuição dos
conteúdos curriculares, pois não estão habituados a dividir suas
responsabilidades com outros atores educacionais e muito menos, ainda, com
profissionais de outras áreas, partilha esta, indispensável à produção de novos
conhecimento necessária para enfrentar as mudanças que ocorrem tão rapidamente
em nossa sociedade.
Desta forma, considerando-se as
Instituições de Ensino Superior, observa-se que, genericamente, a produção de
conhecimento ainda é bastante reduzida, sendo necessário aprender as formas que
o gerenciamento dos gestores educacionais se submete à Qualidade Total,
produzindo, adaptando os processos gerenciais no seu interior e reproduzindo o
econômico e o social além do educacional.
A formação continuada, a busca pelo
eterno aprender, o envolvimento com as equipes de projetos inovadores poderão
contribuir fortemente para uma evolução no papel e na mentalidade desse novo
gestor educacional que se forma nas Instituições de Ensino Superior. Com a
implantação da Qualidade Total o gestor deverá tonar-se um parceiro do
aprendente no processo de construção do conhecimento, incentivando as
atividades de pesquisa na busca da inovação pedagógica.
Para tanto, usou-se fundamentação
teórica baseada em referencial bibliográfico de autores consagrados,
destacando-se seu principal mentor, Willian Edwards Deming, que a priori,
desenvolveu o sistema da Qualidade Total para proporcionar a competitividade da
indústria japonesa no Pós Segunda Guerra Mundial. Esse trabalho, longe de esgotar o assunto,
pretende colaborar para que o tema possa abrir novos caminhos dialéticos para
promover uma discussão sobre a necessidade dessa adaptação.
2 A QUALIDADE TOTAL NA
EDUCAÇÃO BRASILEIRA
A gênese das intenções brasileiras
direcionadas para um programa de qualidade educacional surgiram nos anos 80 do Século XX. Percebeu-se
neste momento que a escola que se abre à participação dos cidadãos não educa
apenas pessoas que estão estudando. A escola constrói comunidade e ajuda a
educar o cidadão que participa da escola, que esta inserido em seu contexto sócio-político-econômico.
A escola passa a ser um agente institucional fundamental para o a formação do
processo da organização da sociedade civil (KNAUTH, 1998).
De acordo com o pensamento de Preedy
et al (2006) as estratégias de qualidade possibilitam a criação de uma ponte
entre a qualidade e a igualdade, podendo, desta forma, atender com sucesso às
necessidades usuários e clientes que se importarem com as diversas visões e
perspectivas de uma série de grupos sociais.
Com esta perspectiva, as estratégias
que permitiram a mobilização para Qualidade Total incluem as Instituições de
Ensino Superior como possibilidades de produção de trabalhadores mais
preparados para as novas exigências do mercado de trabalho dentro de inovadoras
modalidades de produção de bens e serviços e de novos clientes de produtos com
mais qualidade, envolvendo uma grande diversificação tecnológica necessária ao
aprendizado para a realização destes desafios do mundo globalizado e neoliberal
cada vez mais presente dentro de nosso país e de todos nós, mesmo que, as
vezes, contra a nossa vontade, valendo-se da priorização do político
ideológico, utilizando-se dos aparelhos ideológicos do estado para pôr em
prática sua política da Qualidade Total.
Em razão deste realinhamento político
econômico mundial a educação foi colocada como fator preponderante no
desenvolvimento de uma nova ordem econômica. As Instituições de Ensino Superior
não simplesmente convidadas, mas praticamente obrigadas a incorporar na sua forma
de gestão as características necessárias a desenvolver estratégias que lhe
permitissem, entre outras coisas, enfrentar as transformações globais. Dentro
deste conceito, a única maneira que essas instituições têm de alcançar e
sustentar são a vantagem competitiva e assegurar que sua organização esteja
aprendendo com sustentabilidade e, no mínimo, com a mesmo velocidade em que as
transformações mundiais estejam ocorrendo. A Qualidade Total possibilita que
estas instituições dentro de um ambiente extremamente competitivo, possam agir
rapidamente, com um proativo enfoque em suas práticas, respostas rápidas no
atendimento às necessidades emergentes cada vez mais perceptíveis (BLAUTH,
2009).
A Qualidade total no Brasil, sob o
ponto do vista do Governo Federal, como modelo de gerenciamento deu certo, pois
colocou as instituições que a implantaram como vantagens reconhecidas como modernas
e lucrativas, e, seus produtos passaram a ser aceitos pelos clientes.
Observando o pensamento de KNAUTH (1998, P. 55):
As escolas estudadas
que relatam práticas de implantação de Metodologia da Qualidade Total em
palestras Benchmarketing sobre Gestão da Qualidade Total, não raras
vezes, relatam resultados da observação de melhorias ocorridas no aspecto
físico da escola, nas mudanças do ambiente escolar, não passando de divulgação,
sem, contudo, deixar de revelar a compreensão sobre a escola, dominam pouco
sobre os processos que modificam a gênese da escola como função social, para
escola de função econômica (cliente).
As Instituições de Ensino
Superior vêm implantando a Qualidade
total embasadas em um fundamentação empírica aprendendo na dinâmica do abrindo
espaço para que as mudanças ocorram, entre elas, a formação do administrador
educacional profissional, até então, normalmente era exercido por um professor.
Esta nova visão que utiliza a Qualidade Total em seu gerenciamento, faz com que
a organização educacional precise aprender de que maneira ela de e produzir
seus gestores educacionais e os agentes que a constituem, como os diretores,
professores, funcionários, alunos, que estão recebendo a formação para
inserirem-se dentro deste sistema da
Qualidade Total.
Percebe-se que o novo papel do gestor
educacional sofreu significativa mudança com a implantação dos programas de
Qualidade Total que, antes, era restrito às empresas. A Educação ocupa agora um
papel de destaque nos discursos dos gestores empresariais em busca da Qualidade
Total, muito dos quais acabam se tornando reféns dessa mesma qualidade.
Neste processo de tornar-se refém da
qualidade, este mestrando que escreve este artigo, teve uma experiência
vivenciada desta situação. A título de ilustrar essa possibilidade acredito ser
relevante a narração desta experiência. Trabalhei em 2010 na SOCIESC, Sociedade
Educacional de Santa Catarina, em Joinville, estado de Santa Catarina, Brasil. Instituição
conceituada e representante no estado da Fundação Getulio Vargas, a mais
conceituada Escola de Negócios do Brasil. Tive uma aluna que necessitava fazer
a quitação de todo o período de sua faculdade, ela cursava Administração de
Empresas e queria adiantar todo o pagamento do curso. No entanto, os recursos
seriam provenientes de seu pai, que morava nos Estado Unidos da América. A
instituição dentro da metodologia da Qualidade Total, não vislumbrava essa
possibilidade de receber pagamentos advindos do exterior e, não conseguia
adimplir os valores devido pela aluna. Fui pessoalmente diversas vezes falar
com o Gestor Educacional para tentar resolver esse problema, mas ele
simplesmente não fez o mínimo esforço para adequar a instituição para poder
receber o pagamento, pois alegava que não iria mexer no padrão da qualidade já
estabelecido, pois essa situação era um
caso raro que não valia a pena. A aluna teve que enviar o dinheiro para a conta
de um professor no Brasil e este então efetuou o adimplemento.
Portanto, segundo Franco (1992) a
ausência de estratégias para poder prever incompatibilidades no sistema da
Qualidade Total deve ser combatida através de formação e capacitação em serviço
competente para administradores educacionais pelas Instituições de Ensino
Superior ou fora delas através de cursos de capacitação. O autor alertava para
a construção de um processo que vislumbre adaptações necessárias no sistema já
implantado que levem a plena satisfação do cliente.
2.1 A FORMAÇÃO DA QUALIDADE TOTAL
ATRAVÉS DE LEITURA ESPECIALIZADA
A necessidade do desenvolvimento de
habilidades na formação do gestor educacional, põe-no em contato direto com a
Qualidade Total, que enfatiza a racionalidade técnica dentro desta nova teoria
administrativo-organizacional, buscando a necessidade de assegurar
adaptabilidade, competitividade e rentabilidade para as organizações.
Dentro os muitos autores que se
dedicaram suas pesquisas à Qualidade Total, não se pode deixar de citar Deming,
Juran, Falconi, teóricos que estão entre os mais citados pelos gestores
educacionais consultados para dar início ao seu processo formativo.
Gentille (1995) baseia-se em modelos
de princípios da empresa para fazer uma aplicação da Qualidade total à escola,
numa “tradução escolar” do método dos 14
pontos de Deming. Ramos (1992) também
concorda com o pensamento de Gentille ao afirmar que os “14 pontos de Deming”
podem ser aplicados para qualquer tipo de organização humana e difunde no
Brasil, da mesma forma que Glasnner implantou
nos Estados Unidos, a adaptação das práticas pedagógicas as Teorias de
Edward Deming.
No Brasil, sem dúvida, a obra de
Ramos foi a maior contribuição para a formação do gestor Educacional dentro dos
princípios da Qualidade Total. Para reforçar essa tese temos Xavier (1993) em
seu texto “A Qualidade Total nas Escolas: um novo modelo gerencial para a
educação”. A partir deste momento, um grande número de Instituições de Ensino
Superior passa a utilizar a Gestão da Qualidade Total como modelo de gestão por
ser de extrema utilidade para a melhoria da qualidade da educação.
De acordo com Knauth (1998) a qualidade
total tem como principal objetivo de gerenciar a Qualidade Total se estende por
alguns caminhos importantes que se destacam:
ü
Controlar
toda a vida do produto;
ü
A
participação de todos os envolvidos no processo e indispensável;
ü
Deve
estender-se ao ambiente a à produção a implantação deve respeitar os únicos
imperativos da qualidade:
ü
Convencer
os dirigentes;
ü
Implantar
uma estrutura;
ü
Obter
a adesão do pessoal de nível de gerência intermediária;
ü
Elaborar
e implementar programa de formação em todos os níveis.
3
A EXPANSÃO DA QUALIDADE TOTAL NA EDUCAÇÃO SUPERIOR NO BRASIL
Pode-se afirmar, de uma maneira
geral, que a Educação Superior no Brasil é bastante diversa e heterogênea se
considerar-se a organização acadêmica e da qualidade dos cursos ofertados. O
processo de formação da Educação Superior no Brasil estruturou-se a partir dos
anos 90 do Século XX por meio de Instituições do Ensino Superior e Faculdades
não universitárias.
Essa grande aceleração da Educação
Superior privada deu-se devido a uma reforma promovida na gestão pública do
governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), que favoreceu a
flexibilização e a diversificação de cursos e instituições, beneficiando e,
como consequência acelerando rapidamente a expansão do setor privado. Dentro
deste contexto, multiplicaram-se as IES
que passaram a funcionar como cursos fora de sede. Além disto, pode-se, ainda
considerar as Faculdades isoladas, que assumem uma perspectiva multicampi,
tornando-se uma espécie de instituição com maior número de alunos, com destaque
para as licenciaturas parceladas, seja na oferta de cursos sequenciais, uma vez
que essas faculdades abrem “filiais” como se fossem uma empresa comercial
qualquer que tem um grande número de lojas espalhadas pelo país (AZEVEDO,
2008).
Considerando-se que mesmo antes do
surgimento intenso das IES na década de 90 do século passado, a
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão nas Universidades Públicas
e nas poucas e tradicionais Universidades Privadas já existentes pré reforma
educacional do Governo FHC,
ainda era bastante incipiente, uma vez que pesquisa, devido a falta de recursos
públicos e privados, era pouco institucionalizada, sobretudo, em relação aos
cursos de pós-graduação latu sensu,
mestrado, doutorado e pós-doutorado stricto
sensu.
Dentro deste amplo cenário que se formou, era mais do
urgente a criação de sistemas de qualidade para poder gerir essa grande
expansão educacional que surgia no país para poder ter um mínimo de qualidade formativa nesse
novo público que se incluía no sistema do Ensino Superior. Os indicadores de
qualidade surgidos pelo Exame Nacional de Cursos- ENC (Provão), no período de
1996-2003, e, posteriormente, pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação
Superior (SINAES), a partir de 2004, e, atualmente o ENADE – Exame Nacional do
Desenvolvimento do Estudante, promovido pelo Ministério da Educação e Cultura,
destacando-se a avaliação das condições dos cursos das IES e da oferta de
ensino, para a busca da qualidade que se obtém na Educação Superior no Brasil.
A Qualidade Total entra nesse
processo por permitir a construção de uma padronização que permite, entre
outras coisas, a estruturação da pertinência e relevância dos cursos, programas
e instituições destacando-se os seis
principais pilares das IES:
ü
O
Estatuto;
ü
O
Regimento;
ü
O
Plano de Cargos e Salários;
ü
O
Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI);
ü
O
Projeto Pedagógico da IES.
ü
A
Auto avaliação Institucional (atualmente é uma exigência legal no Brasil).
De um modo geral, o rápido
crescimento econômico do Brasil exigia a construção de um sistema de Educação
Superior que permitisse a qualidade para esse desenvolvimento, e, que norteasse
por parâmetros de qualidade e por uma base legal, que garantisse a inclusão de
milhões de estudantes que pudessem ter credibilidade ao concluir seus cursos.
Por este motivo, é importante que as IES, utilizem-se da Qualidade Total para
gerir sua base institucional normativa e de fiscalização e que as instituições
executivas tornem públicos os seus indicadores de qualidade.
A implantação da Qualidade Total pelas
IES inclui, conforme observa Azevedo (2008,
p. 183) o seguinte:
...além de
informações sobre o projeto e a organização acadêmica, o corpo docente, a
infraestrutura, os conceitos obtidos nas avaliações nacionais, informações
fidedignas sobre a viabilidade financeira da instituição, de modo a evidenciar
situação orçamentária e patrimonial que indique a desejada autonomia
financeira. Faz-se necessário, ainda, publicizar as condições de trabalho do
pessoal docente, incluindo os vencimentos por classe, a carreira e plano de
apoio à qualificação, assim como a organização e controle das atividades
acadêmicas e administrativas.
Alguns resultados podem ser
percebidos durante o processo de investigação junto às IES que permitem inferir
a complexidade da implantação da Gestão da Qualidade Total e as adaptações necessárias que necessitam ser
realizadas para se poder aplicar o modelo empresarial de gestão. Vale assinalar
que observa-se as IES têm uma caminhada distinta; umas encontram-se na fase
inicial considerada de conscientização e sensibilização, algumas já têm
estruturas de gerenciamento para a implantação e outras já estão adaptadas e já
utilizam plenamente este processo gerencial de qualidade. Este processo, dentro da atual situação
educacional brasileira é irreversível.
4
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para finalizar enfatiza-se o fato de
que o sistema Educacional Brasileiro passou par profundas transformações nos
últimos 25 anos. A Educação passou para uma fase de democratização e
possibilitou a inclusão de milhões de brasileiros, antes impossibilitados de
frequentar um Curso Superior, para uma maior participação da construção do
desenvolvimento e da inclusão social por meio do acesso à formação superior.
Para que este processo pudesse se
tornar possível, foi necessária a implantação de uma novo arquétipo de gestão
educacional que possibilitasse a seus gestores a perpetuação do processo dentro
desse novo mercado brasileiro, a educação superior. Percebe-se que as ideais de
Deming foram adaptadas ao setor educacional e que rapidamente se consolidaram
como alternativa de qualidade para permitir que o ensino possa ser utilizado
pela sociedade como alavanca fidedigna do desenvolvimento nacional.
É com essa ideologia que se verá renascer
sinais de uma universidade brasileira que quer descobrir-se universidade, para
que se possa conhecer cientificamente nossa realidade, refletir, analisar,
criar novas proposições, formar o espírito crítico, tão necessário para evitar
a repetição e criar uma universidade voltada para o homem brasileiro e não tão
somente a exclusivo serviço da economia globalizada pelo lucro, desvinculado do
sentido de humanidade, escravizada à tecnologia.
Prezado leitor, permita-me agora
neste parágrafo escrever em primeira pessoa na voz ativa. Tenho ainda esperança
de criar um ambiente reflexivo, que permita a luta e transformação na história
universitária brasileira, pela qual somos corresponsáveis. Temos que lançar os
olhos sobre a universidade e a denunciamos, enquanto, por outro lado, abrimos
os olhos para a universidade que almejamos e nos propomos a conquistar,
construir e solidificar, dentro dos princípios éticos de respeito aos que não
têm os mesmos privilégios dos mais economicamente favorecidos por esse cruel
sistema que tolhe o ser humano da justiça social pela ambição dos capitalistas
que continuam, mais do nunca, a explorar a classe desfavorecida de riquezas
matérias, pois a eles a transferem sobre a falsa bandeira da democracia
moderna, alicerçada nos pilares do neoliberalismo econômico.
REFERÊNCIAS
AZEVEDO, M. L. N. Políticas
públicas e educação. Maringá: Eduem, 2008.
BLUTH, R. Fundamentos de projetos. Curitiba, IESDE, 2009.
GENTILI, P. Neoliberalismo, qualidade total e educação. Rio de Janeiro: Vozes,
1994
LUCKESI, C et AL. Fazer universidade: uma proposta metodológica. 17ª Ed. São Paulo:
Cortez, 2012.
KNAUTH, M. Qualidade e gestão da escola básica. Porto Alegre: CEDAE, 1998.
PREEDY, M. et AL. Gestão em educação: estratégias, qualidade e recursos. Porto
Alegre: Artmed, 2006.
RAMOS, C. Excelência
na educação: a escola na Qualidade Total. Rio de janeiro: Qualitymark,
1993.
SADGROVE, K. Gerência de Qualidade Total. São Paulo: Clio, 1996.