terça-feira, 15 de maio de 2012



O conhecimento e seus efeitos nas relações humanas.


Se alguém for convocado como testemunha num julgamento, será exortado a dizer a verdade. Precisará ter conhecimentos dos fatos para esclarecer o tribunal. E, supõe-se, com razão, que entenderá tal intimação: o seu depoimento deverá estar de acordo com o seu conhecimento correlacionados com os fatos. Essa pessoa não pode ser influenciado pelas suas convicções subjetivas, ou pelas de outras pessoas. No entanto, quando o seu testemunho não estiver em conformidade com os fatos, isso significa ou que mentiu, ou que não detem esse conhecimento.

De acordo com os relativistas, no entanto, eles acordariam que o testamento, qualquer que fosse seria verdadeiro, pois entendem por verdade justamente algo de distinto da concordância dos fatos, pois todo o conhecimento é relativo.

Todavia, analisando sob o ponto de vista dos utilitaristas, o testemunho da pessoa poderia se tornar verdadeiro, mesmo que não o fosse, pois para essa corrente a verdade é aquilo que a sociedade, pelo menos a maioria, o seu grupo de interesses, através da divulgação feita pela televisão ou outro meio de mídia aceita, pois adquiriram um conhecimento através dessas informações.

O conhecimento não é a procura da certeza. Errar é humano, todo o conhecimento humano é falível e, consequentemente, incerto. Afirmar que errar é humano significa que devemos lutar permanentemente contra o erro, e também que não podemos nunca ter a certeza de que, mesmo assim, não cometeremos erro algum.

Portanto os efeitos do conhecimento nas relações humanas podem ser muito distintos dependento do sujeito que o pratica.

Não existe nenhuma fonte derradeira do conhecimento. Toda e qualquer fonte é bem vinda, no entanto, qualquer que seja é objeto de verificação crítica. Além disso, o conhecimento, quando aplicado, pode ser interpretado diferentenmente, dependendo da cultura de cada sociedade, podendo ser bom ou ruim.

POPPER, Karl. Em busca de um mundo melhor. Lisboa: Fragmentos, 1992.


Vamos refletir sobre isso.


Abraços Prof°. Marco Antonio.

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