quarta-feira, 22 de agosto de 2012




BRASIL, CRIANÇA ESPERANÇA E A DESVANTAGEM COMPETITIVA
 
Autor: Prof°. Ms. Marco Antonio Bottene
          Quando participamos desse Altruísmo Social promovido pela Rede Globo de Televisão, o Criança Esperança, deixamos muitas vezes, através de uma visão crítica, de perceber o imenso  descaso que o  Governo, em todas as esferas, tem para com o seu povo e porque não dizer, para com suas crianças sem esperança. Pois se o Governo fosse sério, com essa carga tributária que ele absolve da sociedade, não existiria criança sem esperança e não iria haver necessidade desse tipo de trabalho, não que não tenha mérito, mas porque as crianças seriam tratadas como deveriam ser pelo próprio governo que as amparariam.
 
          O Governo engole no Brasil 38% do PIB com impostos, taxas e contribuições, que são consumidos pela máquina pública de forma absolutamente contra producente, uma vez que todos sabemos o quanto recebemos de volta na saúde, educação, distribuição de renda, investimentos públicos em mobilidade, habitação e saneamento básico, que são péssimos. Sem contarmos do descaso que o cidadão comum recebe do funcionalismo público, quando necessita de seu serviço. Nem vamos entrar no mérito dos “mensalões”  e da corrupção desenfreada em vários setores.
 
          Para se ter uma ideia, no Chile, país com um dos melhores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) da  América Latina, o Governo arrecada apenas 17,3% de seu PIB e com esses recursos erradicou o analfabetismo, reduziu a níveis mínimos a miséria no país e ainda é capaz de financiar obras públicas que passam a ser perceptíveis à sua população. Além disso tem um excelente atendimento no setor público aos usuários do sistema.
 
          Ainda para não bastar essa imensa diferença, que coloca o país em uma grande desvantagem competitiva, no Brasil, a complexidade para se calcular os impostos, devido a grande mudança que temos nos tipos de impostos e taxas, além de datas diversas, é necessário um exército de pessoas qualificadas para a realização desse serviço, pois são quase 200 tipos de impostos diferentes, taxas e contribuições. Para se ter uma ideia, são precisos no Brasil 29 funcionários para cuidar da área fiscal de uma empresa com faturamento superior a 50 milhões de reais por ano, enquanto no Chile basta apenas UM. Vinte e oito pessoas a mais, que poderiam estar se dedicando a fatores muito mais produtivos e que estariam contribuindo muito melhor para a sociedade.
 
          Ao me lembrar do grande escritor português “José Saramago” e de sua obra “Ensaio sobre a Cegueira”, acredito estar na hora de voltarmos a enxergar os reais problemas desse país e não mergulharmos na escuridão que a Rede Globo impõem às pessoas, que mesmo estando cegas não percebem a cegueira maior do Criança Esperança.

 

Escritor português José Saramago


 
 
 
 
 
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário