segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Uma Crítica ao Modelo Clássico de Currículo


O modelo Tyler é representado em sua obra imortal: Princípios básicos de currículo e ensino. Foi publicado em 1949, logo após a Segunda Guerra Mundial, e se destacou como a produção teórica mais utilizada no desenvovlimento de currículos, nos Estados Unidos e em diversos países da América Latina, inclusive no Brasil e no Chile. Seu modelo e sua obra se destacam pelo objetividade e concisão, ele apresenta a sequência e os procedimentos para planerjarmos, organizarmos e avaliarmos os currículos, com base em objetivos ou propósitos pré-determinados por especialistas. Sua imortalidade está associada, a uma simples premissa: a clareza e a linearidade da base racional, elaborada por Tyler, o que o torna um guia simples e seguro para a elaboração, o desenvolvimento e a avaliação do currículo.


TYLER, Ralf, W. Princípios básicos de currículo e ensino. Porto Alegre: Globo, 1974.


A prática de currículo que se observa ainda nas escolas, especialmente na educação básica, constitui-se por um paradigma epistemológico positivista, o qual se configura por aspectos de um saber pronto e acabado em si mesmo, organizado e sequenciado linearmente e transmitido, na maioria das vezes, verbalmente pelo professor (Modelo Tyler).


Diante disso, é de extrema importância que reflitamos sobre essa prática de currículo, ainda em curso, pelo fato de estarmos vivendo em tempos pós-modernos., o que significa que necessitamos de um outro paradigma, que traga conhecimentos de práticas ou arquétipos como espaço conceitual, no qual se mostrem novos saberes, como resultados paradoxais de vários processos históricos, culturais, sociais e etc.

Eu particularmente, adoro Freire, mas sei que seu maravilhoso discurso, tem ficado cada vez distante, já que o país inclina-se totalmente para uma visão neoliberal, onde o cultivo por valores materias, como riqueza a qualquer custo, consumo de bens duráveis, status pessoal através da aquisição de produtos de marca, que tentam diferenciar classes sociais pela inclusão ou exclusão, valorizando a pessoa pelo ter muito mais que pelo ser, já não cabe mais nessa realidade.

Li alguns dias atrás em uma comunicação dirigida aos alunos de uma Universidade particular que o aluno deve se comparar, por analogia, a um atleta em uma corrida, onde muitos largam na corrida, mas só um ganha. E que todos devemos nos esforçar ao máximo para vencer essa corrida, pois só há lugar para quem vence. Ora, meus caros colegas, com essa visão de competição extrema e totalmente neoliberal capitalista, onde o foco é o indivíduo e não o social, fiquei muito preocupado com a formação de um currículo para essa pós-modernidade. Esse pensamento há mais de 200 anos atrás Adam Smith já havia dito quando escreveu "A Riqueza da Nações", explicando sua doutrina liberal da competitividade extrema e que dessa forma, se todos também se esforçarem para unicamente desenvolverem seu próprio benefício, abacam por beneficiar a todos. Nós todos sabemos que isso não é verdade e não vale para todos os países. Onde vamos chegar com esse pensamento e de que forma vamos elaborar um currículo que possa preencher esse grande vazio humano em que estamos vivendo?

Vamos discutir.


Um Abraço Fraterno a todos


Prof°. Marco Antonio Bottene



          Aula em Universidade de Engenharia nos Estados Unidos da América

Prof°. MSc. Marco Antonio Bottene em sala de aula na Unità Educação / Faculdade Dom Bosco em Joinville/SC, Brasil. 

                    Prof°. Ms Marco Antonio Bottene em sala de aula em Joinville na            Universidade Uniasselvi/Aupex - Brasil.



Escola Africana 



Escola Particular em Santa Catarina-  Brasil




                                   Escola Pública de Ensino Fundamental do Nordeste do Brasil




                     Escola Particular de Período Integral de Alto Padrão em Curitiba - Brasil




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